A história da moda no Brasil

A história da moda no Brasil

O estilo não era de todo novo, mas sim um versão “exagerada” da moda dos anos 30. A crise economia iniciada no fim da década anterior afetou principalmente os países da União Europeia. No Brasil, o cenário é de crise e desemprego causados pelo Plano Collor, ocasionando o fechamento de inúmeras lojas e confecções. O padrão de beleza se volta às modelos, seus corpos magros e belezas andróginas. A crise do petróleo causou recessão nos Estados Unidos, no Brasil, na Suécia e no Reino Unido. Do outro lado, países como o Japão e a Alemanha viram suas economias crescerem.

Os brasileiros mais ricos adquiriam o hábito de fazer compras nas ruas chics do Rio de Janeiro, como a rua do Ouvidor e a Direita. Muitos escravos e forros foram trabalhar neste comércio do luxo e aprenderam novos ofícios, abrindo posteriormente seus próprios negócios. Com a colonização do território brasileiro por volta de 1530, os portugueses foram o povo precursor a estabelecer uma forma de vestir, que se difundiu como moda pelo país. Como eles já vieram com padrões baseados no estilo popular da Europa, logo foi percebida uma necessidade de readaptar algumas roupas, pois os trajes europeus habituais não eram adequados ao clima quente do Brasil. Naquele tempo se usavam muitas camadas de tecido, luvas e corpetes bem justos, as matérias-primas variavam de acordo com cada classe social.

Influência portuguesa

Como resultado, essa nova mulher vinha com um estilo mais firme e sensual, ainda que simples. Em 1808, com a chegada da Família Real e com a consequente abertura dos portos às “nações amigas”, o Brasil foi abarcado por diversas mercadorias importadas, principalmente advindas da Inglaterra. É importante destacar que a moda masculina, nesse período, foi dominada pelos comerciantes ingleses. O Brasil é um país dito “tropical”, com uma variedade de culturas e tradições, entre elas o modo de se vestir. É perceptível que as tendências mundiais têm, sim, uma certa influência nas vestimentas brasileiras, mas as diversas regiões sempre aderem a detalhes bem locais às vestimentas.

A Moda dos Anos 40 no Brasil

Antes de mais nada, o modelo servia à afirmação da mulher, expressando ao mundo a sua força  e seriedade. Nesse tempo de plena recuperação econômica e social, as mulheres de classe média e alta maio manga longa passaram a adotar um estilo cada vez mais ousado. Houve também, neste período, a maior profissionalização dos integrantes do mercado, de estilistas e produtores às agências e modelos.

Qual era a Moda dos Anos 30?

Esse era um indício dos novos tempos, que traziam uma renovação gradual, ainda que lenta, do mercado da moda no Brasil. Primeiramente, a essência do manifesto era a necessidade de devorar a estética europeia para transformá-la numa arte de fato brasileira (Proença, 2001). Seja como for, essas ideias se refletiram em uma lace cabelo humano verdadeira revolução na moda e cidadania dos anos 20 e 30, tendo como máxima expressão as saias mais curtas. Eles quase cobriam os seus olhos, dando para aquela que o levava um pouco de privacidade e decoro. Além disso, ganhava cada vez mais destaque um estilo mais andrógeno, ainda que ele sofresse muita resistência.

À época, a grande dificuldade passou a ser convencer a alta sociedade brasileira a consumir os produtos nacionais. Havia um grande investimento nesse sentido, contudo, a elite nacional tendia a desvalorizar aquilo que se produzia no país em detrimento dos produtos importados. O Brasil sofria os impactos da quebra da bolsa de valores nos Estados Unidos e, em geral, períodos de crise costumam não contar com muita ousadia no campo da moda. Nesta época, surgem as primeiras adaptações de roupas para o clima brasileiro. A bolsa de estudos da história têxtil, especialmente em seus estágios iniciais, faz parte dos estudos da cultura material. Com sete capítulos, mais introdução, inicialmente o livro pretendia contar a história da moda no Brasil desde os tempos do descobrimento.

Além disso, os cabelos também foram encurtados, seguindo o famoso estilo à la garçonne ou bob cut. Nesse meio tempo, com a riqueza dos produtores de café brasileiros, os seus filhos puderam estudar na Europa – principalmente em Portugal. Como resultado, surgiu um círculo de brasileiros abastados que estavam em contato com as correntes modernistas em pleno fervor intelectual e artístico fora do país. Por sua vez, o Morumbi Fashion Week seguiu forte e foi estabelecido como o calendário oficial da moda no Brasil. “Cada um lançava as coleções em um período do ano e isso era oneroso e pouco visível para quem comprava. Ou seja, os compradores começaram a se planejar para os períodos de aquisição, assim como a imprensa, que passou a olhar para a produção.

A tentativa de parecer nobre nas terras coloniais ou a “presunção de fidalguia”, como explica Emanuel Araújo, não se limitava ao vestuário, manifestando-se de várias formas. A exibição de uma árvore genealógica sem mácula (mesmo que falsa), ter amizades influentes, praticar o ócio, exibir títulos (muitos de procedência duvidosa) eram as formas preferidas de demonstrar distinção social. Para ser reconhecido como fidalgo, e ter os privilégios que isto proporcionava, não era suficiente possuir terras e grande número de escravos.


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